ASTRONOMIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

por Renato da Silva Oliveira (em 2000)
 
Em meados dos anos 90 esteve em curso uma grande revolução na educação oficial para jovens e crianças em nosso país. Ainda que sua fundamentação teórica tenha sido fortemente consistente e substanciada nos altos escalões da gestão educacional oficial, no âmbito federativo, a implementação prática das propostas, sugestões e imposições nas redes públicas estaduais e municipais confrontou com uma realidade imbatível em sua obstinação pela inação, particularmente pela incapacidade ou inabilidade das instâncias gestoras governamentais de conquistar corações e mentes dos professores, e principalmente, de promover uma revolução paralela na formação dos novos professores e na re-capacitação dos atuais.
Assim, com resultados bastante significativos sob aspectos quantitativos, mas pífios quanto à qualidade, a revolução educacional da segunda metade dos anos 90, deixou como legado para o terceiro milênio, além de uma “herança bendita” pela inclusão de milhões de jovens nos cursos fundamentais, problemas complexos relacionados à qualidade do ensino regular em geral e, principalmente, quanto à continuidade escolar da massa de estudantes egressos do Ensino Fundamental e que, atualmente, estão ou deveriam estar no Ensino Médio ou Superior.
Este texto foi gerado em 1997, na forma em  que aqui se encontra, sob os auspícios de mudanças educacionais significativas que poderiam já ter ocorrido mas que infelizmente não ocorreram nos anos que se sucederam desde então.

A Astronomia, por sua universalidade e por seu caráter inerentemente interdisciplinar, é de fundamental importância para uma formação minimamente aceitável do indivíduo e cidadão do mundo atual – intrínseca e profundamente dependente da ciência e das tecnologias.

Essa importância não é correspondida no Ensino Fundamental regular – e nem nos demais níveis – e a ignorância de seus tópicos básicos pela quase totalidade dos egressos dessa etapa da educação formal em nosso país é patente.

A despeito de sua tradição privilegiada dentre as áreas nobres do conhecimento humano e da importância que lhe foi justamente conferida no passado remoto em nosso país, hoje a Astronomia está relegada a uma posição menos do que secundária em relação a outras muitas áreas do saber humano. Nos currículos oficiais da quase totalidade das escolas, apenas uma abordagem rápida e superficial de alguns poucos tópicos é, em teoria, realizada nas áreas de Geografia e/ou de Ciências.

Essa falta do ensino regular para com a educação do indivíduo/cidadão vem sendo suprida, com dificuldade, apenas parcialmente por iniciativas isoladas e não coordenadas em algumas instituições de ensino.

Lei de Diretrizes e Bases para a Educação e os Novos Parâmetros Curriculares Nacionais – especificamente os destinados ao Ensino Fundamental – procuram corrigir particularmente essa situação, sugerindo e incentivando explicitamente uma abordagem mais completa de vários tópicos da Astronomia  da 5ª à 8ª série (3º e 4º ciclos).

Esse é apenas um primeiro passo, ainda teórico, no Ensino Fundamental regular em nosso país, mas de fundamental importância para que novas iniciativas sejam empreendidas no sentido de corrigir esse déficit educacional tão pernicioso para a formação dos futuros cidadãos de nosso Estado, desejado e sonhado justo e democrático.  Num mundo em que o saber – principalmente o saber científico e tecnológico – determina o futuro individual e coletivo, o não saber implica em inaceitável e intolerável cerceamento à liberdade.

O momento atual é particularmente propício para que surjam e floresçam novas propostas de ensino dos tópicos da Astronomia com metodologias inéditas nas diversas áreas adotadas para o Ensino Fundamental. A inserção de tópicos da Astronomia nas mais diversas áreas, desde Ciências e Matemática até Língua Portuguesa, Língua Estrangeira e mesmo Artes e Educação Física, é uma proposta viável, além de desejável, e, num sentido abrangente, ainda inédita em nosso país. O caminho para levar a efeito essa proposta é ainda desconhecido; parece ser árduo; entretanto, se o objetivo for, ainda que parcialmente, alcançado, seus frutos certamente mais do que justificarão os eventuais esforços.

A Importância do Ensino da Astronomia

A Astronomia é a ciência que estuda os corpos celestes. O estudo da Astronomia é registrado nos mais antigos documentos escritos, em monumentos paleolíticos e até em pinturas rupestres. Certamente remonta ao surgimento dos primeiros seres humanos. Todo o conhecimento resultante desses estudos, por vários povos e culturas distintas, ao longo de milênios, é atualmente complementado e rapidamente superado pela avalanche de informações coletadas e processadas com rapidez inédita na história humana. Naves-sondas, estações e observatórios espaciais e terrestres coletam dados que supercomputadores processam rapidamente para a análise dos especialistas.

Numa primeira análise, leiga e sem profundidade, pode-se questionar a necessidade desse tipo de conhecimento e sua aplicabilidade à solução dos problemas mais corriqueiros com os quais nos deparamos no dia-a-dia. Basta, entretanto, um estudo e uma reflexão mais profunda para perceber-se de forma cabal que, mesmo no dia-a-dia, a Astronomia participa de nossas vidas de modo intenso e inexorável.

O suceder dos dias e das noites, a divisão do tempo em horas, minutos e segundos, o calendário com o ano de 365, seus meses e semanas, as estações do ano, as marés, as auroras polares, e até mesmo a vida em nosso planeta – sustentada pela energia que recebemos do Sol – são temas exaustivamente estudados e, às vezes, determinados, pela Astronomia.

Além dos conhecimentos obtidos  com a Astronomia para seu uso próprio, várias outras áreas do saber humano foram e são por eles supridos com informações e inspirações fundamentais: a Física, a Química, a Biologia, a História, a Geografia,  a Navegação, até mesmo a Filosofia, a Sociologia, a Música, a Poesia, a Literatura e muitas outras áreas do pensar humano devem muito à Astronomia.

Questionar a validade e utilidade da Astronomia hoje é como questioná-la à época dos antigos gregos, ou à época das Grandes Navegações. Se nossos ancestrais não tivessem se dedicado à Astronomia, provavelmente sequer estaríamos aqui agora.

A Ignorância em Astronomia

Estamos às portas do Terceiro Milênio. Vivemos num mundo extremamente dependente da ciência e da tecnologia. Entretanto, nunca vimos antes tamanho crescimento das crendices e superstições. Magos televisivos vendem caro suas “habilidades” a milhares ou milhões de pessoas crédulas e sem o menor senso crítico. Paranormais eletrônicos usam computadores com programas sofisticados para gravar e analisar sons do “outro mundo”. Astrólogos usam computadores com programas de cálculos astronômicos para calcular mapas astrais natais. Ninguém se espanta… ninguém percebe o paradoxo: a televisão, o computador, os programas de cálculos astronômicos, são produtos da ciência… justamente o tipo de conhecimento negado pelos magos, em suas práticas e em seus dizeres.

Essa situação, genérica quanto a todas as áreas da ciência, não é diferente quanto à Astronomia.

Poucas pessoas têm a mais vaga ideia de nossa situação no cosmo ou da hierarquia universal dos conjuntos de corpos celestes, desde os super-aglomerados de galáxias – passando pelos aglomerados e grupos de galáxias,  galáxias, com suas nuvens de gás e poeira cósmica, aglomerados globulares e galácticos de estrelas, sistemas estelares múltiplos, estrelas simples e sistemas planetários com seus planetas, satélites, cometas e meteoroides – até nossa posição na Terra.

A ignorância em Astronomia é cabal, mesmo entre profissionais que deveriam ensiná-la na escola regular, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Não é difícil encontrar professores de Geografia explicando erroneamente – com livros didáticos nas mãos a lhes endossar as palavras – que as estações do ano devem-se à elipticidade da órbita da Terra. Também é fácil encontrar, entre alunos e professores, adeptos de teorias estapafúrdias como a da “Terra Oca”, a da “Civilização Marciana” extinta, de “Herdeiros de Atlântida” ou de “Deuses Astronautas”. Isso, sem nos esquecermos dos ufólogos, com seus contatos de 3º grau, suas abduções, teorias conspiratórias, etc.

Tudo isso, todas essas posturas intrinsecamente pseudo-científicas e anti-científicas, podem ser explicadas de várias maneiras. Sem dúvida, vários fatores podem ser considerados nessas explicações mas certamente a ignorância de conhecimentos básicos de Astronomia, em particular, e da Ciência, em geral, é um dos mais significativos.

Emprestando palavras do grande pensador, escritor e cientista, Carl Sagan, podemos dizer que “Vivemos numa era complexa, em que muitos dos problemas que enfrentamos, quaisquer que sejam suas origens, só têm resoluções que implicam uma profunda compreensão da ciência e da tecnologia.”

Um Pouco de História do Ensino da Astronomia

Olhando o passado temos maior chance de compreender o presente e projetar o futuro. Ao longo da história humana o conhecimento seguro, que funciona, ainda que em situações específicas e de forma limitada, é o que nos trouxe ao presente.

Não foram os xamãs, curandeiros, astrólogos, alquimistas, magos ou bruxas que nos deram a expectativa de vida acima dos 70 anos, a eliminação da grande maioria das enfermidades que matavam antes dos 30 anos grande parte das populações, o cinema, a televisão, o vídeo cassete, o automóvel, a água potável encanada, a eletricidade, o plástico, os tecidos sintéticos, os antibióticos, os fertilizantes, os computadores, os aviões, os arranha-céus, a conquista da Lua e do espaço interplanetário, o domínio dos ares e dos mares, etc.

Basta olhar para trás, para o nosso passado para percebermos o papel fundamental que desempenhou o conhecimento e o estudo, por vezes obstinado, da Ciência e, em particular, da Astronomia no desenvolvimento de nossa civilização.

Nas antigas civilizações – do Vale do Indo, da Mesopotâmia, do Vale do Nilo, etc – o conhecimento astronômico era fundamental para a previsão das estações do ano e para a consequênte determinação da época mais propícia para o plantio e para a colheita de seus cultivos. No Egito antigo, por exemplo, a estrela Sírius, a mais brilhante do céu, era chamada Sótis – “a resplandecente”. Sempre que ela era vista próxima ao horizonte leste ao amanhecer – nascimento helíaco –, os sacerdotes sabiam que era a época boa para o plantio. As navegações precisas e o intenso comércio no Mediterrâneo, durante o milênio que antecedeu ao suposto nascimento de Cristo – e no qual floresceram a civilização Grega, o Império de Alexandre, o Grande, e o Império Romano – não teriam sido possíveis sem conhecimentos profundos da Astronomia.

Mesmo durante a Idade Média – a “idade das trevas”, sob a ótica do conhecimento – os povos árabes cultivaram, desenvolveram e difundiram a Astronomia, realizando uma notável ponte histórica entre a cultura grega da Antiguidade e o Renascimento cultural na Europa. Por essa ponte viajou boa parte dos conhecimentos astronômicos da Antiguidade, principalmente através de obras como o Al Magesto, de Claudius Ptolomeus.

Ainda durante a Idade Média, em seus últimos séculos, os que antecederam o Renascimento, surgiram as Universidades, destinadas ao estudo profundo do saber universal. Nelas, a Astronomia gozava de grande prestígio, figurando entre as Sete Artes Liberais: o Trivium, constituído pela Gramática, pela Retórica e pela Lógica, e o Quatrivium, constituído pela Geometria, pela Aritmética, pela Música e pela Astronomia.

Durante o Renascimento e a Idade Moderna, o estudo da Astronomia constituiu-se numa das principais molas propulsoras a transformar nossa visão do mundo. Primeiro com Copérnico, Kepler e Galileo, depois, com Newton e sua Gravitação Universal.

Os “mecanismos celestes” estavam desvendados e a Astronomia era a Ciência por excelência.

Foram, ainda, os conhecimentos astronômicos que permitiram as Grandes Navegações e, conseqüentemente, o descobrimento do Brasil e das Américas. É por isso que o Esfera Armilar, um instrumento astronômico muito usado para o ensino da Astronomia, figura em várias bandeiras de Portugal, a partir da época de D. Manuel, chamado “O Venturoso”, e também em bandeiras do Brasil, desde o Principado até a República. Mesmo na bandeira atual, há a presença da Esfera Celeste, com várias das principais estrelas, sendo cada uma representativa de um estado da federação.

No Brasil, tanto no período do Império quanto nos primeiros anos da República, a Astronomia gozava de grande prestígio. Em parte devido à herança cultural lusitana – no Brasil Império – e em parte devido à forte influência do positivismo comteano do final do século passado – no Brasil República. Não é por mero acaso que encontramos fortes referências astronômicas na Bandeira, no Hino e no Selo  Nacionais, no brasão das Armas Nacionais, e nos hinos à Bandeira e à Proclamação da República, além das referências presentes em outras muitas canções cívicas e marciais – Canção do Soldado, Canção do Expedicionário, etc.

Nos primeiros 50 anos do Brasil República, a importância da Astronomia era espelhada na escola regular. Uma disciplina específica, a Cosmographia, nas séries finais do antigo Gymnasium era, toda ela, dedicada à Astronomia.

A partir dos anos pós-guerra, progressivamente diminuiu o interesse pelo ensino da Astronomia na escola regular e uma das várias reformas oficiais ocorridas no ensino nesse período acabou por extinguir a Cosmographia da grade curricular, passando então para a disciplina de Geografia, especificamente para a  Geografia Física, o ensino de uns poucos tópicos de Astronomia, tratados sempre num nível bastante superficial. Com raríssimas exceções – como os trabalhos isolados e quase solitários de Aroldo de Azevedo, Romulo Argentieri, e outros poucos –, o ensino da Astronomia na disciplina Geografia foi sempre desleixado, vindo degringolando-se progressivamente ao longo dos anos. Na prática, atualmente é quase inexistente.

No final dos anos 80, mais precisamente, em julho e agosto de 1987, uma pesquisa realizada pelo Datafolha, com 4.091 pessoas residentes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife e Brasília, estratificadas por zonas geográficas, nível sócio-econômico da região, sexo e idade, indicou que “Um em cada três brasileiros residentes em oito capitais acha que o Sol gira em torno da Terra (e não a Terra em torno do Sol); Um em cada quatro não acredita que o homem chegou à Lua, e um cada cinco acha que o Universo tem fim (mesmo desconhecendo qualquer teoria Cosmológica , e sobretudo, considerando aspectos escatológicos, ou seja, “fim do mundo” mesmo!). A maioria acredita que exista vida fora da Terra (57%) e que um dia o homem poderá habitar outros planetas (53%). A metade dos entrevistados acredita que existam discos voadores, embora um em cada dez afirme ter visto ao menos um.”

A LDB, os PCN e a Astronomia no Ensino Fundamental

Há fortes motivos para que os profissionais ligados ao ensino das ciências, em geral, e da Astronomia, em particular, estejam esperançosos quanto à atual Lei de Diretrizes e Bases para a Educação e aos novos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

Ambos os documentos contemplam anseios antigos dos profissionais da área quanto ao reconhecimento da importância das ciências na formação dos alunos.

A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação (Lei Nº 9.394/96 de 20/12/96)

Abaixo são salientados alguns tópicos da atual LDB que julgamos particularmente fortuitas ao ensino de ciências. Os grifos não existem no texto original.

Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

X – valorização da experiência extra-escolar;

Art. 12º. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I – elaborar sua proposta pedagógica;

Art. 26º. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

§1º.  Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.

Art. 32º. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

Os Novos Parâmetros Curriculares Nacionais

A seguir, salientam-se alguns trechos extraídos dos novos PCN’s para o Ensino Fundamental. Mais uma vez, deve-se lembrar que os grifos inexistem no texto original.

“Sem dúvida, o homem precisa adaptar-se aos novos tempos usando o progresso científico e as tecnologias disponíveis. O acesso a essas conquistas precisa ser garantido a todos, sob pena de ampliação das desigualdades econômicas e culturais.”

O exercício da cidadania exige o acesso de todos à totalidade dos recursos culturais relevantes para a intervenção e a participação responsável na vida social. Desde o domínio da língua falada e escrita, dos princípios da reflexão matemática, das coordenadas espaciais e temporais que organizam a percepção do mundo, dos princípios da explicação científica, das condições de fruição das obras de arte e das mensagens estéticas, domínios do saber tradicionalmente previstos nas concepções da educação no mundo democrático, até outras tantas exigências que se impõem como injunções do mundo contemporâneo.

Desse modo, impõem-se como necessidade urgente que a educação:

  • ·   …
  • ·   forneça aos alunos bases culturais que lhes permitam decodificar, na medida do possível, as transformações em curso, e operar uma triagem na massa das informações afim de melhor interpretá-las; para isso é preciso associar as ações educativas às tecnologias da comunicação;
  • ·   …
  • ·   atue em diferentes planos: ético e cultural, científico e tecnológico, econômico e social.”

A formação de um cidadão crítico exige sua inserção numa sociedade em que o conhecimento científico e tecnológico é cada vez mais valorizado.

Neste contexto, o papel das Ciências Naturais é o de colaborar para a compreensão do mundo e de suas transformações, situando o ser humano como indivíduo participativo e integrante do Universo.

A falta de informação científico-tecnológica pode comprometer a própria cidadaniadeixada à mercê do mercado e da publicidade. Mais do que em qualquer época do passado, para o consumo ou para o trabalho, cresce o conhecimento necessário para interpretar e avaliar informações, até mesmo para poder participar e julgar decisões políticas.”

Além dessas considerações gerais, mais adianta, os mesmo PCN’s prescrevem, especificamente para a área de Ciências, 4 Eixos Temáticos principais, sendo um deles “A Terra e o Universo”, cujos tópicos abordados são justamente os conhecimentos básicos da Astronomia.

Nos PCN’s há, ainda, forte apelo à relevância da interdisciplinaridade e multidisciplinaridade nas abordagens pedagógicas.

Como a Astronomia é inerentemente inter e multidisciplinar, os PCN’s parecem ter sido elaborados sob medida para que seu ensino seja implementado de maneira adequada aos anseios dos profissionais da área. Daí a generalizada aceitação dos PCN’s por esses profissionais.

Resta, entretanto, saber se e quando o que está no papel poderá ser colocado em prática. Como reconhecem os profissionais consultados, por enquanto, apenas experiências isoladas têm sido levadas a efeito nesse sentido.